sexta-feira, 19 de março de 2010

We can do it!


Hoje, na sala de espera de um consultório médico, sem nada para fazer, comecei a folhear a revista Cláudia, vi uma crônica interessante, sobre as mulheres estarem se tornando mais "fortes", mais insensíveis que os homens e menos choranas, e a ideia que essa crônica me passou foi que; se a mulher não se mostra sensível, desprotegida e vunerável ela não consegue "conquistar" um homem, não consegue receber um carinho. Enfim, ao final da leitura eu pensei, que estupidez! Qual a mensagem disso tudo? Mostrar às pessoas que as mulheres estão se igualando aos homens, ou o objetivo foi dizer: "Hey mulheres, sejam fracas e burras, não entendam sobre política nem econômia, e também não se interessem por futebol, pois isso é coisa de homem, e seguindo esse meu "conselho" vocês serão tratadas a moda antiga!".
Confesso que me senti ofendida, pode ser que a intenção da autora não tenha sido essa, mas que para mim ela passou uma mensagem extremamente ridícula, passou, e isso não vou negar.
Pensando nisso... Cá estou!

Como seria a mulher ideal? A mulher de verdade?
Ataulpho Alves e Mário Lago, compositores da música "Ai que saudades da Amélia" que me perdoem, mas mulher de verdade era a última coisa que Amélia era!

Para quem diz que "mulher é o sexo frágil", vendo por certo ângulo, pode-se dizer que as mulheres lutaram muito mais do que os homens durante toda a história, estes nasceram com os direitos garantidos. NÓS lutamos, e muito, por direitos que eles sempre tiveram e não precisaram conquistar!
Lutamos pela igualdade dos sexos, lutamos para ter o direito de votar, para ter a chance de ir à luta, pegar no batente e mostrar que força não está só no braço e com isso veio a luta para ter os direitos iguais aos dos homens no trabalho.
Chegamos aonde queriámos!
Trocamos as saias por calças, nos tornamos o chefe da família, muitas vezes fazemos o papel de homem e mulher, pai e mãe, para educar os filhos. Trabalhamos o dia todo e chegamos em casa para trabalhar, quem sabe, o dobro! Passamos, cozinhamos, limpamos, SANGRAMOS, morremos de cólica, mas ressuscitamos e não reclamamos.
A força, a coragem, o que for preciso para uma batalha duradoura e árdua está em nós, nasceu com nós. Queríamos o espaço JUSTO na sociedade e conseguimos.
Para ser mulher não precisa ser chorona, não é necessário viver de saias, não precisamos nem devemos ser fracas, frágeis ou melosas. Somos mulheres, queremos sim carinho, afeto e um ombro masculino, nos emocionamos, sim! Nos apaixonamos, nos comovemos, adoramos receber flores, bilhetes, olhares...
Ter fibra, ser forte não é vergonha alguma. Entender de política, futebol, sinuca, truco, econômia não é problema algum, não é nenhum defeito nem sinal de que somos menos mulheres ou até mesmo menos femininas.
Não queremos uma visão de um ser de pedra, sem sentimentos ou emoções. Digo apenas, já foi o tempo que Amélia era mulher de verdade, hoje em dia a mulher de verdade é independente, se ama, se cuida, é vaidosa, sim! Fala palavrão, vai à luta sem medo, é forte, batalhadora e otimista, apaixonante, delicada até mesmo batendo cimento, e mais, temos o dom da vida, por mais que digam que nos igualamos aos homens, estes nunca saberão qual é a sensação de carregar uma vida dentro de si, até a dor do parto nos foi entregue, e não porque merecemos sofrer, e sim; porque os homens não aguentariam tamanha dor.
E para os homens que admiram mulheres fortes, nós admiramos vocês!
Thays Gomes

"As mulheres constituem a metade mais bela do mundo."
(Jean-Jacques Rousseau)

6 comentários:

  1. Falou e disse ! O preconceito com as mulheres tem que acabar JÁ ! Hoje em dia já existem tantas mulheres que ganham mais que vários homens, que trabalham mais, que sabem mais, que fazem mais ... as mulheres merecem todo o valor do mundo afinal é graças a nós que o mundo continua existindo que nascem novas gerações ... !

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  5. Cocordo estamos conquistando nosso espaço na sociedade, e que nos tornarmos independentes é uma conseguencia muito boa! Mas, na minha opinião, não podemos esquecer qual é o papel da mulher na sociedade, entre eles, o mais importante (posso dizer com certeza) é ser mãe. E quando falamos em mãe pensamos em cuidado, sustento e principalmente EDUCAÇÃO. Oque pode ser notado, e que as mulheres por falta de opção estão saindo dos seus lugares de educadoras do lar para sustentadoras do lar, isto faz com que a estrutura familiar desestabilize, pois as crianças são deixadas sozinhas em casa, colocadas nas creches cada vez mais cedo, ganham uma liberdade muito cedo, não recebendo limites e disciplina que (na maioria das vezes) recebemos de uma mãe! Consequentemente crescem jovens que estamos vendo hoje: desmotivados, irresponsaveis, descompromissados, acomodados, vandalos,egoistas, sentados na frente de um computador ou video game completamente alienados!CLARO que não estou generalizando Ps: Isso que escrevi pode ser uma visão pessimista, mais não podemos negar que é a realidade. Pra concluir, adorei seu texto! beijos

    5 de junho de 2010 05:02

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