segunda-feira, 11 de julho de 2011

10 de Outubro de 2007

"Amar foge a todas as explicações e eu te amo.
Mesmo tendo escrito essa quantidade
de coisas, em momento algum desejei explicar.
O meu sentimento por você é o que me faz seguir.
É a sensação mais simples e ao mesmo tempo
a mais complexa.
Meu sentimento por você é o que
me faz enxergar o mundo mais
lindo e colorido.
Você despertou em mim algo humano,
e que mesmo sendo humano é perfeito.
É o que vence a gravidade e te faz voar.
Faz crescer e alcançar as estrelas,
e mesmo no verão,
faz você sentir aquele friozinho na barriga..."
Thays Gomes
Essa é a nossa história. Teve início no dia 10 de Outubro de 2007, mas não me lembro de quando terminou (engraçado como nunca marcamos a data do fim).
Eu tinha 15 anos e você 17.
Assim como o fim, o começo também foi por minha culpa, pela minha enorme falta do que fazer que mais tarde me levou a entrar em uma academia. Foi aí que as coisas começaram a mudar, mas não nos primeiros meses.
Fiz amizade com quase todos os meninos, mas alguma coisa me impedia de simpatizar contigo.
Lembra? Sempre comentei que a primeira pessoa da academia que encontrei no orkut foi você, mas também foi a única que não adicionei. Não conseguia "ir com a sua cara", te olhava e via um mauricinho, um filhinho de papai e por conta dessa visão eu me afastava ainda mais. Nunca quis fazer parte do grupinho de meninas que te cercavam.
Até que em um belo dia você me adicionou. Lembro que pensei "Uau! o playboyzinho resolveu me adicionar?" te aceitei e quando cheguei na academia você nem olhou na minha cara. O quê eu poderia pensar né? Morri de raiva "Idiota, mala sem alça!" era tudo o que eu conseguia dizer a mim mesma naquele momento. Mas tudo bem, você era indiferente.
Indiferente até o momento em que resolveu me dizer oi.
Eu estava de costas pensando em qualquer outra coisa e você chegou comentando que havia me adicionado e blá, blá, blá... desse dia em diante a imagem do metidinho foi se apagando, e mesmo virando amigos o meu coração gritava: AMIGO? ELE NÃO PODE SER MAIS UM DOS AMIGOS DA ACADEMIA. JAMAIS! e claro, o seu também gritava o mesmo.
Depois de mais um tempo você resolveu me chamar para uma dessas festinha de colégio. Fui na esperança de acontecer algo bom e o quê eu encontro? Você com a sua "ficante". O que eu poderia fazer era curtir oras, a decepção foi grande, mas a vontade de mostrar à você que estava tudo bem era maior.
5 dias depois dessa festinha infeliz você me chamou pra sair. Fomos ao cinema assistir Os Simpsons. Adorei aquele dia. Talvez nunca tenha dito, mas você saindo no meio do filme porque eu tinha que ir embora, ter ficado lá esperando minha avó comigo, foi especial demais.
Ficamos por 1 mês. Você lembra do que a gente aprontava? Sempre saía mais cedo da academia e depois tinha a cara de pau de voltar. Lembra também do dia em que minha avó ficou me procurando feito louca? Era pra eu estar lá na academia...
Até que no dia 10 de Outubro você resolveu me pedir em namoro. Que maneira mais idiota de pedir alguém em namoro. Disse que precisava falar muito sério comigo, criou o maior clima de suspense e quando chegou o momento disse: "NÃO QUERO MAIS FICAR COM VOCÊ!"... Eu, esquentadinha como sempre, dei as costas e saí andando. Então você me puxou pelo braço e disse: EU QUERO NAMORAR COM VOCÊ!
Aceitar era o mínimo que eu poderia fazer!
Não tem como relembrar todas as coisas, foram muitos momentos bons, muitos gestos simples mas significativos demais. Tudo o que eu consegui guardar está e ficará para sempre comigo. Como aquele abraço que te dei, você não esqueceu, eu tenho toda a certeza do mundo que não esqueceu. Foi o abraço mais verdadeiro que dei em alguém. Todas as declarações de amor, todas as músicas românticas, todas as alegrias do mundo e todo meu amor estavam nele. Ainda há muitos detalhes guardados, como o papel de bala. Aquela que você me deu e com o papelzinho fiz um anel. Sim, eu ainda tenho ele guardado. Os lindos filhos que você me deu, a cachorrinha e o sapinho. O coração com seu cheiro, só não tem mais o seu perfume, mas ainda está inteiro.
Combinamos assim: os sentimentos na minha memória, as coisas materiais nas minhas gavetas e você em meu coração.
Uma das coisas que escrevi naquela cadernetinha que te dei foi... Eu preciso falar que te amo (sei que já falei por tantas vezes) mas não é e nunca foi da boca para fora.
Desculpa pelas vezes que te estressei, te irritei e por não ser a super garota que você merece. Obrigada por estar sempre ao meu lado, por me compreender e me amar acima de todos os defeitos.
Espero poder conhecer o "para sempre" ao seu lado, mas se não for vai ser aqui dentro de mim... Sempre tem uma primeira vez para tudo e para mim cada momento ao seu lado foi o primeiro da minha vida. Quando eu te beijei foi como se estivesse sendo meu primeiro beijo, coloquei toda a minha alma e meu coração e senti que nunca tinha beijado antes... cada olhar, cada abraço, cada sorriso é como se fosse o primeiro e único.
Nada do que eu faço hoje teria esse gostinho bom se eu não tivesse te conhecido. Até acordar em uma manhã de inverno é bom.
Dizem que nada é para sempre. Dane-se! Para mim o "para sempre" não é ficar junto de algo até a morte e sim; é a intensidade de cada sentimento e o valor de cada pessoa. O que ela pode mudar na sua vida!
O que eu mais desejo é poder ficar ao seu lado até o fim, mas se isso não acontecer eu vou dizer que foi para sempre, sim!
O nosso namoro terminou com um SMS meu dizendo que ele tinha acabado e dias depois com uma carta sua dizendo: Nesses 4 meses e 8 dias que ficamos juntos eu aprendi muitas coisas, tive sentimentos muito fortes. Eu realmente tinha me apaixonado por você! Em casa, na escola, na academia, em todo lugar que eu estava, que eu ia, o tempo todo eu pensava em você, tentava fazer de tudo para te agradar, te fazer feliz...
Você escreveu uma carta me julgando, dizendo mil e uma coisas que faziam sentido mas que não eram verdade. Você nunca esteve dentro de mim para saber o que eu senti, a confusão que me tomou. Como eu também nunca estive dentro de você para compartilhar da raiva e decepção que te causei.
Quando você disse que nunca te amei, que falei isso e mais mil coisas da boca pra fora, você não imagina como soou absurdo. Tudo bem, eu não fiz o certo, fui estúpida e egoísta, joguei tudo para o alto e nem me importei com o que você diria ou sentiria, mas enquanto estive com você, sempre e em todo momento fui sincera.
Te amei demais e foi de verdade. Fiz coisas que podem parecer bobas, mas que eu tinha muito medo de fazer, como mentir. Me apeguei a coisas, a pequenas coisas só pelo fato delas me lembrarem você.
Nosso namoro não durou nada praticamente, mas foi como em uma frase que escrevi nessa mesma cadernetinha: QUE SEJA ETERNA OU PROVISÓRIA, MAS QUE SEJA LINDA E LOUCA NOSSA HISTÓRIA! E foi! Eu sei que foi, como você também sabe.
Ela começou e como todas as coisas no mundo, teve um fim. Nada mais natural.
Nas últimas semanas do nosso namoro eu havia mudado muito, mas você também. Sempre tive e mantive meus olhos em você, mas foi como se você mesmo tivesse mudado a direção deles. Era como se eu mantivesse eles abertos olhando fixamente para você e mesmo quando você ia embora a imagem continuava, só que você sempre voltava logo então nunca havia tempo para a imagem de outra pessoa encobrir a sua. Até que um dia você foi e sua imagem continuou, mas você demorou demais para voltar, mais que o normal, e então ela foi se apagando lentamente. Até que eu pude enxergar todas as outras pessoas que passavam por mim...
Você abriu caminhos na minha mente e no meu coração para que elas pudessem circular. Eu pediria desculpa, mas por quê? Se você não foi capaz de enxergar a imensidão do meu amor por você, se você não foi sensível o suficiente para sentir que era sincero. Desculpa é apenas uma palavra e nem eu nem você precisamos de uma palavra. Eu não queria ser desculpada, eu queria ser compreendida. Queria que você entendesse que, como qualquer ser humano no mundo, eu me apaixonei por outra pessoa naquela época, todos nós estamos sujeitos a isso, não? Sem colocar a culpa em você, mas eu sei, eu sei que eu te amava com todas as minhas forças, e sei que só caí porque você me tirou o chão e não me deu asas, nao me deu nem uma corda para que eu pudesse me segurar. Eu fiquei a deriva, foi uma solidão medonha. Você sumiu! Nós nos distanciamos. Você entrou na faculdade e desapareceu das minhas tardes. Ficou tudo vazio e eu só queria algo para preencher esse vazio que você deixou na minha vida no momento em que a SUA vida se encheu de pessoas novas. Eu também mudei de colégio e conheci novas pessoas, mas eu sempre quis você, e quando quis outra pessoa foi porque eu me vi SEM você.
Mergulhamos em coisas novas e até então diferentes demais. Nos iludimos. EU ME ILUDI SIM, muito, mas você também. Nadamos para o fim, nos culpamos. Éramos jovens e errantes. Ainda somos, mas aprendemos.
Você ouve Avril e lembra de mim. Eu ouço Wonderwall e penso em você.
Não foi uma pena não termos ficado juntos. Talvez o para sempre seja isso. A ferida vai estar aí eternamente em cada um de nós. As lembranças de como as coisas eram novas para nós, também.
Então eu finalizo com outra coisa que escrevi: Você despertou em mim algo humano, e que mesmo sendo humano é perfeito, é o que vence a gravidade e te faz voar, faz crescer e alcançar as estrelas e mesmo no verão, faz você sentir aquele friozinho na barriga!
Thays Gomes

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Deu certo?

Nada na nossa vida tem a obrigação de dar certo, digo isso porque alguém sempre solta "Ai, tenho medo de dar errado...", e eu sempre acabo pensando: "Quem disse que tem que dar certo?" e isso vai de planos de viagem a relacionamentos. Nada tem a OBRIGAÇÃO de sair da maneira que sonhamos. O mais importante é acontecer, não é? Como aconteceu sempre acaba sendo mais um detalhe.
O que eu estou tentando dizer é: a espera de que as coisas aconteçam da maneira "certa" nada mais é do que uma preocupação desnecessária, um medo bobo, como aquele do homem do saco que a gente tem quando criança. Não sei se o que vou dizer tem alguma ligação com "destino" (talvez eu nem acredite nele), mas por mais que você planeje, por mais que você se empenhe para as coisas saírem do seu jeito, elas só vão sair se realmente tiverem que sair, entende? Tudo pode dar errado na última hora, tudo pode dar errado NA HORA!
A vida é irônica demais para esses medos que podem ser descartados. Há pessoas que planejam uma viagem a vida inteira e no dia de realizar o sonho o avião caí. Ou então, ganham na loteria e um dia depois são assassinadas. Um exemplo mais leve: às vezes te liberam para o cafézinho e na única chance que você tem de sair para fumar existe uma placa te proibindo disso.
Irônica, engraçada, filhadaputa, chamem do que quiser, mas a verdade é essa. Seus planos nem sempre dependem SÓ de você, a vida brinca com a gente sem dó. Então, por quê levar ela tão a sério? Por quê levar tão a sério essa vontade de realizar as coisas como você tanto quis, adiando planos porque algo não saiu como você pensou que sairia, isso nada mais é do que fugir da vida e isto a gente finge que faz, mas ninguém é capaz de fugir dela, certo?
Um conselho que eu posso dar (se conselho fosse bom se vendia, como dizem): Planeje sim, você tem todo o direito, sonhe acordado, dormindo, tanto faz. Deseje que as coisas saíam como você quer. Não há nada de mau nisso, nada de ruim. Só não adie a vida caso alguma coisa ou algum detalhe mude.
Quem sabe se em algum lugar deste universo imenso já estava marcado para ser assim? Algumas coisas podem não fazer sentido no momento, mas é só no momento. Às vezes algo dá muito errado e no fim, fica tudo certo. Acabamos enxergando que era necessário dar tudo errado para no final dar tudo certo, ser tudo lindo e ainda mais lindo do que sonhamos!
É como alguém escrevendo um texto enorme, cheio de erros ortográficos e de pontuação (assim como eu), mas que no último ponto final foi tão lindo, que a gente esquece dos erros e termina bem e feliz.
Thays Gomes