quarta-feira, 22 de junho de 2011

É você, só você...

Aqui estou!
Inteiramente disposta a me desmontar inteira só para te fazer entender, pela última vez, aquilo que você não entende há anos...
Eu fiquei imóvel vários minutos com a mão sobre o teclado sentindo as lágrimas escorrerem lentamente, fazia muito tempo que eu não chorava assim e mais tempo ainda que eu não sentia isso, essa dor tão forte dentro da alma que só surge quando eu penso em você, essa vontade imensa de gritar socando meu peito, machucando minha garganta, me arranhando inteira por dentro. Fazia tanto, mas tanto tempo que eu não me entregava ao vazio de não ser aquilo o que eu mais desejo ser: Sua!
Hoje eu abri um maldito biscoito da sorte que dizia o seguinte: "Se os seus desejos não forem extravagantes, eles serão realizados.", a primeira coisa que eu pensei foi: "Querer ele não tem nada de extravagante!" e no entanto, eu nunca tive e continuo não tendo você, se ao menos você soubesse o quanto isso dói, se você imaginasse o que eu sou capaz de fazer por você, por um minuto com você...
Céu... inferno... eu vendo a minha alma, empresto, entrego, o que for preciso eu faço. Eu troco o paraíso, se ele realmente existir, por qualquer coisa, por nada! Eu abandono tudo. Corto o meu cabelo, até começo a rezar antes de dormir, por você eu topo tudo. Juro! Tudo!
Começo a acreditar no amor, espero pelo príncipe encantado, mas só se você for ele. Não precisa de cavalo branco nem de castelo, mas se você fizer questão eu construo um com a minha carne, invento dragões pra você matar. Você só precisa ser meu, nem que seja por um minuto, e isso não é pedir demais.
Por quê você me dói tanto?
Você machuca sem querer, mas machuca lá no fundo, me faz chorar, me faz tremer de dor, deixa meus músculos inteiros dolorido, ninguém nunca passou perto de me deixar assim. Já você, arrebenta comigo, me faz ter vontade de não existir, de desistir, de insistir...
Você... a única pessoa por quem eu daria a vida, por quem eu aceitaria morrer sem nem me importar como. A única pessoa que me faria acreditar em tudo o que hoje duvido. Amor, Deus, destino...
Thays Gomes

3 comentários:

  1. Ao ler o seu texto em tempos de festas Juninas lembrei-me da “Quadrilha” de Drummond...

    João amava Teresa que amava Raimundo / que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili / que não amava ninguém. / João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, / Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, / Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes / que não tinha entrado na história.
    R.M.R.

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  2. Fico feliz em saber que meu texto fez você lembrar de um poema tão legal de Drummond *-*
    Um beijão!

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  3. Pra quem vc dedica essa texto dramático?
    Ex namorado? Um parente?
    Ate a vida vc teria coragem de perder por essa pessoa?

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