terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O que te fazia sorrir tão bonito?

Você não precisa saber a respeito de sua família, quem foi seu pai ou quem foi sua mãe, ou quando e onde ele nasceu, aonde viveu, os lugares onde esteve e os outros em que quis estar. Não precisa saber quantos anos ele tinha quando começou a escrever ou qual foi sua primeira palavra dita.
Você não precisa saber qual perfume ele usava, se usava, nem sua cor preferida. O que fez de sua vida, quem foi seus amores ou em que ele se formou. Não precisa saber quais sonhos ele realizou e os que deixou para traz, se é que ele deixou alguma coisa para traz. Quem ele amava, quem ele odiava...
Você não precisa saber nada sobre ele.
Você apenas precisa ler o que ele escreveu enquanto vivia, eu diria, enquanto ele vivia docemente. Você apenas precisa ler para se apaixonar.
Instântaneo.
Você lê e você ama.
Você começa amando o que lê e depois ama o que aquelas linhas e letras e palavras e contos e poesia te fazem sentir e daí você ama o homem, o homem com a sensibilidade capaz de passar para o papel os sentimentos mais lindos e humanos, então você já não consegue mais ler o nome Caio Fernando Abreu sem sentir amor.
Doce e intenso, ele era como o dia amanhecendo eternamente. Ele era da cor laranja e seu sabor, ahhh, todos nós sabemos, não era salgado, amargo ou azedo, Caio era doce, 7 vezes doce.
Você não precisa saber nada sobre ele porque ele era tudo.
Um sonho, uma poesia, uma palavra que conforta, encoraja e liberta, um abraço quente, um dia de domingo cheio de Sol, uma noite estrelada, um sorriso infatil, uma canção calma, uma brisa leve.
Ah Caio...
O que te fazia sorrir tão bonito?
Thays Gomes

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